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Foto do escritorClarissa Motta

História, Cangaço e Piranhas

Uma cidade pequena, mas com bagagem histórica. Para chegar até o destino, usei o aplicativo Waze e acabei por pegar uma estrada mais curta, porém, cheia de quebra-molas. Sai de Salvador, peguei a Linha Verde até Estância, de lá, segui pela BR 101, até o trevo de Itabaiana. Continuei até a cidade de Nossa Senhora da Glória e peguei a rodovia SE 230 até Canidé. Após 21 km, cheguei em Piranhas (Alagoas), uma linda e colorida cidade que ficou nacionalmente conhecida por conta do cangaço.


No quesito hospedagem, escolhi a Pousada Trilha do Velho Chico, um pouco mais afastada do Centro e com uma vista linda para o Rio.


No primeiro dia subi os 365 degraus do Mirante Secular, onde se tem uma vista panorâmica de toda a cidade e do Rio São Francisco. Aproveitei para dar uma voltinha pela cidade que recebeu o título de Patrimônio Histórico Nacional. Piranhas é dividida em parte velha (onde ficam os pescadores) e a parte nova (onde fica o centro histórico).


No segundo dia, foi a vez de mergulhar na história da cidade e ir para o passeio chamado Rota do Cangaço. Fui até uma agência, que fica localizada na orla do Rio São Francisco e comprei o passeio  que começa dentro de um catamarã e vai até o local em que Lampião se escondia. No decorrer do passeio, a história do Lampião e Maria Bonita é contada por um guia vestido de cangaceiro e em seguida, ao chegar em terra, outros guias conduzem até a trilha da Grota do Angico, local que foi ponto do massacre dos cangaceiros. Esta trilha fica localizada no meio da caatinga e dura em torno de 40 minutos. No início da trilha, é possível ter acesso a casa em que Lampião e Maria Bonita moraram. Ao lado, existe um restaurante (optei por um peixe e suco natural) e uma estrutura para banho, com água cristalina. Logo após o almoço, retornei para Piranhas.



Bater um papo com o guia vestido de Lampião, com esta vista que vocês podem ver acima, não tem preço. Recomendo ficar colada nele, um nativo repleto de histórias para compartilhar. Conhecer esta cidade foi um pouco mais além do que um passeio, aproveitei para mergulhar na história do nosso país e me apaixonar pela cidade.


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