Barcelona, te quiero mucho! Cheguei no aeroporto, peguei um ônibus e desci na Las Ramblas, uma das principais e mais movimentadas ruas da cidade. A primeira impressão foi: ‘que cidade viva e acolhedora’! Decidi ficar hospedada no Kabul Backpackers Hostel, localizado no Bairro Gótico, dentro da Plaça Reial (criada em 1848 pelo Casamajó). Essa praça carrega um dos primeiros trabalhos de Antoni Gaudí: uma luminária.
Como estava no fim do dia, fui explorar o bairro Gótico. Não passam veículos por lá, caminhar, entrar em ruelas e esquinas se tornou um passeio muito agradável. Passei por lugares como o antigo templo romano de Augusto, a Plaça Nova, a Catedral de Barcelona e a Igreja de Santa Maria del Pi. Finalizei descendo a pé a Las Ramblas até o Mirados de Colon (um monumento de 60 metros de altura que sustenta no seu topo uma estátua de Cristovão Colombo) e a Rambla de Mar, onde se encontra o centro comercial chamado Maremagnum, rodeado de bares e restaurantes. A parada pediu um chopp San Miguel, levinho e perfeito para acompanhar o clima de verão da cidade.
No dia seguinte, fui a pé desbravar a cidade passando pelo Circuito del Arte, Parc de la Ciutadella, Arc de Trionf (nas cores da Espanha e até mais bonito que o de Paris) e o Palau de La Musica Catalana com sua fachada no estilo modernismo catalão. Este palácio guarda seu grande tesouro no interior do edifício: a Sala de Concertos, vale a visita.
Continuei caminhando e cheguei na tão esperada Casa Batló, encomendada pelo empresário Josep Batlló. A visita é um constante abrir e fechar a boca de admiração, as formas onduladas, as cores dos vitrais, os azulejos azuis que lembram o fundo do mar, escadas em caracol, cada detalhe. Pode passar algumas horas por lá, pois a cada canto que o seu olho pousar, ele vai se surpreender com os detalhes da incrível mente de Gaudí.
O caminho a pé continuou até a Casa Milà ou La Pedrera, o edifício localizado na equina da Passeig de Gràcia que não tem nenhuma parede em linha reta. Gaste um tempo a mais na cobertura, com uma vista única de Barcelona, emoldurada pelas chaminés/esculturas de Gaudí.
Depois de tanta beleza, peguei o metrô e fui até a Sagrada Família, infelizmente tive que apreciar por fora por conta da fila imensa para comprar ingressos.
Finalizei o dia passeando pelo mercado La Boqueria e parando no restaurante Azka Dinyaa para jantar um risotto de polvo e tomar uma autêntica Sangria.
No dia seguinte reservei energias para explorar o Parque Guell, onde fica a casa de Gaudí. Peguei um metrô até a estação Vallcarca e caminhei, junto com uma multidão, acompanhando as placas até o parque. O local é uma obra de arte: logo na entrada você caminha pelo Viaduto das Gardineiras; depois entra na Sala Hipostila, onde tem cerca de 80 colunas, obras de arte pelo teto e músicos que deixam o ambiente ainda mais especial; desce as escadas e se deparada com a fonte do dragão (que parece um lagarto); anda mais um pouco e chega no Viaduto Algarrobo. Depois de tantas belezas, você ainda se encanta com o Museu Gaudí, dedicado totalmente ao arquiteto, que fica na casa onde morou por alguns anos. Ufa! Maravilhoso!
Bem próximo dali, fica a Casa Calvet também de Gaudí, fui até lá a pé mesmo! Parti para o lado sul de Barcelona e toda a área verde de Montjuïc. Na parte mais alta de Montjuïc você encontra uma fortaleza construída no século 18 e para chegar até lá é preciso pegar o Teleférico de Montjuic, que acaba sendo um passeio em si, pois a vista de Barcelona que se tem de lá de cima é maravilhosa e bem panorâmica.
O Castelo de Montjuic hoje funciona como um museu militar e pode ser visitado por dentro, lá tem uma lanchonete que serve um café bem gostosinho! De lá, desci o teleférico e caminhei até o MNAC – Museu Nacional d’Art de Catalunya, o marco de Montjuic! Andei por um tempo pelas exposições e só consegui ver parte da coleção de arte Romântica, considerada uma das mais completas do mundo. O passeio terminou na Plaza de España, uma das maiores e mais importantes praças de Barcelona, onde é possível pegar ônibus ou metrô para qualquer lugar da cidade.
Te quiero mucho más Barcelona. Já pode voltar?
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